Sobre
Em 1989, Viera volta a gravar no estúdio da Rauland, emissora de rádio importante na difusão da música urbana paraense na época, e onde ele gravou seu primeiro disco, em 1978, quando o estúdio ainda se chamava ERLA. Os discos anteriores foram gravados no estúdio da Gravasom. Essa mudança de estúdio trouxe novidades à sonoridade às gravações do disco.
Podemos destacar como algo novo na sonoridade de sua guitarra, o uso do efeito de Delay em quase todas as faixas do álbum. É neste álbum que Vieira também aposta em uma nova invenção: O Cambará, cujas características em comum notadas nas músicas “No som do Cambará” e “Vamos Dançar o Cambará” são os tambores eletrônicos incorporados ao groove de bateria e uma das guitarras base, que executa um ritmo diferente.
Estas mesmas características se repetem em outras faixas do disco e são duas características que se assemelham a alguns estilos de música baiana que estouravam nacionalmente naquele momento. A segunda música, “Guitarra de Aço”, é um dos “caprichos” de Vieira, em andamento rápido e com muita improvisação. “Programador” destaca-se pela harmonia que se utiliza de dominante harmônico, nos remetendo a música de tourada.