01 jun 2022 Série de animação celebra Vieira e Seu Conjunto
A série estreou em outubro de 2018, na TV Brasil, e em seguida foi exibida pela TV Cultura do Pará e TV Cultura de São Paulo. “Os Dinâmicos” traz 13 episódios, cada um de 5 minutos, inspirados nas músicas cantadas dos LPs Vieira e Seu Conjunto. A série foi realizada entre 2016 e 2017 pela Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia, produtora paraense, por meio do edital de financiamento Prodav 08 – 2014 – Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro, que apoiava a produção de conteúdos para Tvs públicas.
Cada episódio inicia com ensaios da banda, num estúdio-casa que fica na copa de uma Samaumeira, na Praia do Caripi, em Barcarena-Pa, e a aventura começa quando nossos músicos são interrompidos com a sirene que é acionada, sempre que uma criança ou a floresta correm perigo. Aí a palavra mágica é pronunciada: “DI NA MI ZAR”, enquanto Mestre Vieira empunha sua guitarra mágica transformando todos em super-heróis.
Nossos Heróis na Amazônia
Guitarreiro (Mestre Vieira) é o líder que aciona o poder da guitarra Milagrosa, já Spectro (Idalgino) consegue ficar invisível. Enquanto Ciclone (Lauro) tem a velocidade do vento; Alado (Dejacir) ganha asas; Já nosso Trakitana (Poça) é o mestre das tecnologias, e Aprendiz (Batera), como o nome enuncia, ainda está aprendendo a ser super-herói.
As aventuras dos Dinâmicos revelam, através do mágico universo da animação, as características, o linguajar, os costumes e as lendas da Amazônia presentes na obra de Mestre Vieira, como a história de uma baleia que encalhou em 1974 na praia em frente a cidade e se tornou letra da música “Lambada da Baleia”, ou na de “Esse Bode dá Bode” e “Melô do Bode”, sem falar das Lambadas do Mapinguari, da Curupira e do Fantasma.
As lendas ou as letras das músicas são o pano de fundo das aventuras que tratam, de forma sutil e educativa as várias questões da Amazônia, como o desmatamento no episódio ‘Pernas pra que te quero’, onde o Curupira (Lambada do Curupira), guardião da Floresta se vê em apuros. Ou o tráfico de animais silvestres está no episódio ‘Uma Boquinha’, que traz o Mapinguari (Lambada do Mapinguari) como herói.
Por aí, vai. Há episódios de botos e cobra grande, as lendas do Pretinho da Bacabeira e do Uirapuru. E lendas de fora da Amazônia, como a do Cabra Cabriola, lenda nordestina, no episódio Esse Bode dá Bode, e a do Ipupiara, lenda contada no sudeste, e que está no episódio “Monstrinho de Estimação”.
Equipe de realização
O argumento, direção geral e produção executiva é de Luciana Medeiros, o roteiro de Adriano Barroso, a direção de atores, de Afonso Gallindo. Nas dublagens, os atores Marton Maués, que faz a voz de Mestre Vieira; o saudoso Henrique da Paz, que faz a voz do Lauro; e Mário Filé, a do batera. Leoci Medeiros fez um Dejacir espirituoso; e Lucas Alberto Cunha, interpreta um Poça sensacional, vocês vão ver. Tivemos um não ator, o baterista e produtor Carlos Canhão Brito, para a voz de Idalgino. Gravamos os diálogos no Ápice, com o Assis.
Na equipe de animação, temos Cássio Tavernard, e os meninos do estúdio Muirak, coordenados por Gustavo Medeiros, Eliezer França. Na edição e finalização de som, contamos com Leo Chermont e Dan Bordalo, do Floresta Sonora. Os primeiros episódios foram sonorizados por Victor Jaramillo.
Serviço
A série será exibida nesta quarta-feira, 1 de junho, no Núcleo de Conexões Na Figueredo, como parte da programação de lançamento do Inventário Mestre Vieira, projeto selecionado pelo Rumos Itaú Cultural 2019/2020. Mais informações: (91) 91834.7719.
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